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sábado, 2 de abril de 2011

A lenda da Cobra Grande







Benito Campos

O Paraitinga virou mar e tão mal fez a cidade

Que de idade secular, história, taipas, pedras...

Nada, nada em pé ficou... E veio então a minha mente

A demente lenda da cobra que desdobra no aparente

Tão dormente rio eterno, hiberno engodo sinuoso

Desgostoso o curvo corpo, torto e solto nas tranqueiras

Bem liberta dos altares o feto filho dos malditos

Lenda esta de duzentos anos... Insano mar de água e lodo,

Pinel bufo, árduo fadário com tantos contos de vigários,

Tão real se fez presente, na crença boba dos incautos...

Édipo, mãe, filho, incestos, padres, escravos, lendas, cidade...

O que restou... Ah!

O que restou só foi saudade neste mundo não se pode

Cometer nenhum pecado, pois Deus, Deus, ser onipresente

É aqui, deveras, um Deus irado...

A Cidade de Fé renasce dos escombros

A cidade de São Luiz do Paraitinga, localizada a 43 km de Taubaté, São Paulo, ficou submersa durante três dias. Enchentes destruíram a cidade paulista nos primeiros dias de 2010, que teve um volume de 200 milímetros de água só no dia 31 de dezembro de 2009, o equivalente a 200 litros por metro quadrado. O documentário "Cidade de Fé" mostra as histórias das pessoas que viveram a tragédia e, hoje, com fé e união, reconstroem suas memórias.   

Alunos: Priscila de Sousa, Bruna Cortez, Carolina Neves, Larissa Marçal, Angélica Boscariol, Fabrício Cortinove, Fernanda Vendramini, Letícia Genésio, Nádia Machado, Richard Pereira e Thaís Morrone.
Orientação: Heidy Vargas e Fernando Vilar

ESTE DOCUMENTÁRIO FOI PRODUZIDO POR ALUNOS DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

                   Visite o portal Rudge Ramos Online: www.metodista.br/rronline

2 comentários:

  1. Este poema me lembra o jeito de alguns cordéis.
    Por aqui, teme-se muito a seca, mas o medo do sertão virar mar também assombra a todos. Parece que o mundo todo está virado, ou em mar ou sertão.

    Lindo,tudo.
    Beijo

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  2. "Graça, obrigado pelo comentário, pois é muito gostoso quando tem pessoas atentas e reflexivas como você, minhas poesias são imagéticas e críticas, gosto de considerá-la como que construída por um caipira filosófico metido a besta perdido neste mar de morros de minha região... Que tem tempo para ver o tempo...
    Abraço :Benito Campos"

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